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terça-feira, 13 de abril de 2010
19:41
Neste trecho, C.S. Lewis escreve como se fosse o diabo falando com seu aprendiz.
- O Diabo planeja um grande golpe.
As pessoas não ficam bravas quando tem um simples infortúnio e sim com algum infortúnio concebido como injúria. E o senso de injúria depende do sentimento de que uma reivindicação legítima foi negada. Portanto, quanto mais reivindicações sobre a existência o seu paciente possa ser induzido a fazer, mais frequentemente ele se sentirá injuriado e, consequentemente, de mau humor. Agora você já deve ter notado que nada é capaz de despertar tão facilmente a ira dele do que concluir que um pouco de tempo que ele achava que tinha a sua disposição, lhe foi inesperadamente roubado. Seja o visitante inesperado (sempre que seu paciente busca uma tarde calma), ou a esposa tagarela do amigo (que aparece justamente quando você está mais a fim de uma conversa íntima com ele). Isso o tira do sério. Agora, o seu paciente não pode ser tão cruel e preguiçoso a ponto de serem tais exigências de cortesias, em si mesmas, exageradas. Essas exigências o deixam fora de si porque ele considera o tempo dele como dele próprio, e sente que lhe está sendo roubado. Por isso, você deve ser zelozo em fazê-lo manter na sua mente a curiosa suposição: “Meu tempo é meu e ninguém tasca”. Faça com que ele se sinta começando cada dia como um proprietário legal de vinte e quatro horas. Leve-o a considerar como insuportável tributo aquela porção dessa propriedade que ele tem de dedicar aos seus empregadores, bem como aquela parte adicional que ele dedica aos deveres religiosos. Contudo, ele jamais deve duvidar de que o todo do qual essas deduções foram feitas é, de maneira misteriosa, propriedade sua por direito de nascimento.
The Screwtape Letters (Cartas do Diabo a seu Aprendiz), de C.S. Lewis.
Meu tempo é propriedade minha
- O Diabo planeja um grande golpe.
As pessoas não ficam bravas quando tem um simples infortúnio e sim com algum infortúnio concebido como injúria. E o senso de injúria depende do sentimento de que uma reivindicação legítima foi negada. Portanto, quanto mais reivindicações sobre a existência o seu paciente possa ser induzido a fazer, mais frequentemente ele se sentirá injuriado e, consequentemente, de mau humor. Agora você já deve ter notado que nada é capaz de despertar tão facilmente a ira dele do que concluir que um pouco de tempo que ele achava que tinha a sua disposição, lhe foi inesperadamente roubado. Seja o visitante inesperado (sempre que seu paciente busca uma tarde calma), ou a esposa tagarela do amigo (que aparece justamente quando você está mais a fim de uma conversa íntima com ele). Isso o tira do sério. Agora, o seu paciente não pode ser tão cruel e preguiçoso a ponto de serem tais exigências de cortesias, em si mesmas, exageradas. Essas exigências o deixam fora de si porque ele considera o tempo dele como dele próprio, e sente que lhe está sendo roubado. Por isso, você deve ser zelozo em fazê-lo manter na sua mente a curiosa suposição: “Meu tempo é meu e ninguém tasca”. Faça com que ele se sinta começando cada dia como um proprietário legal de vinte e quatro horas. Leve-o a considerar como insuportável tributo aquela porção dessa propriedade que ele tem de dedicar aos seus empregadores, bem como aquela parte adicional que ele dedica aos deveres religiosos. Contudo, ele jamais deve duvidar de que o todo do qual essas deduções foram feitas é, de maneira misteriosa, propriedade sua por direito de nascimento.
The Screwtape Letters (Cartas do Diabo a seu Aprendiz), de C.S. Lewis.
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